A MTV promoveu um debate sobre a EAD, com a participação de um grupo contrário e outro favorável ao tema.
O DCE da USP estava lá para demonstrar seus argumentos contrários.
A professora Renata Aquino, integrante da ABED (Associação Brasileira de Ensino a Distância)e uma das integrantes do blog da Web Rádio da ABED, estava lá e apresentou, no blog, a sua visão, indignada com a falta de argumentação minimamente razoável por parte dos que são contra essa modadalidade de ensino:
"Desconhecimento, falta de argumentação e um claro elitismo marcam debate
O DCE da USP estava lá para demonstrar seus argumentos contrários.
A professora Renata Aquino, integrante da ABED (Associação Brasileira de Ensino a Distância)e uma das integrantes do blog da Web Rádio da ABED, estava lá e apresentou, no blog, a sua visão, indignada com a falta de argumentação minimamente razoável por parte dos que são contra essa modadalidade de ensino:
"Desconhecimento, falta de argumentação e um claro elitismo marcam debate
Após ter participado ativamente do 7º SENAED – Seminário Nacional de Educação a Distância, que aconteceu entre 23 e 31 de maio, me senti levada a assistir o MTV Debate, que foi ao ar no 03.06, onde o tema era: O Ensino a distância é eficaz?
A discussão sobre a Modalidade no Brasil vem crescendo a ponto do Jornal Nacional ter desenvolvido uma semana de matérias de quase 10 minutos (esse tempo na Rede Globo de televisão é algo que em comunicação poderíamos dizer que é file Mignon, algo que não tem preço) no final do mês de abril.
De acordo com matérias publicadas em diversos jornais e no próprio site da SEED – Secretaria Nacional de Educação a Distância - O número de alunos que freqüentam cursos a distância no Brasil cresce ano a ano,no inicio de 2006 atingia 1,2 milhão de alunos, um crescimento de mais de 60% em relação ao ano anterior
Sou jornalista, professora da Universidade Aberta do Brasil pela Universidade Federal de São Carlos e professora, universitária no presencial em uma Universidade da Capital paulistana, além de ser doutoranda em Educação:Currículo e ter desenvolvido inúmeros trabalhos de formação e desenvolvimento de curso para EAD e de ter participado da organização do I WEBCURRICULO, seminário desenvolvido em 2008, pela PUCSP que visava discutir a Integração das tecnologias ao currículo. Tenho que dizer aos colegas leitores que fiquei surpresa ao ver os caminhos tomado por esse debate que teve a mediação do cantor Lobão.
A proposta da forma do debate visa mostrar um grupo contra e outro a favor do tema...viva Nelson Rodrigues que afirmava que toda a unanimidade é burra...
Toda discussão fundamentada e pautada em argumentos factíveis e sustentáveis é saudável afinal toda tese precisa de uma antítese para chegarmos a uma síntese.
Mas foi tristeza, sem exagero, que me consumiu se transformando depois em um misto de indignação e pesar. Ao ver, por exemplo, a aluna Julia Almeida do diretório central dos estudantes da USP, apresentando uma proposta elitista de educação onde só alunos como ela, que estão tendo a oportunidade de cursar uma das melhores Universidades do Brasil tem o direito a Educação, em sua apologia contra a criação da UNIVESP ( Universidade Virtual do estado de São Paulo). Gostaria muito que a Julia e todos os demais alunos que levantam essa bandeira contrária a criação de oportunidades de ensino aos brasileiros tivesse a oportunidade de ter ouvido, como ouvi certa vez de uma aluna do pólo de Apiaí que me dizia que estava fazendo pedagogia, pois iria trabalhar em uma escola rural para alfabetizar filhos de colonos, realidade esta que a Julia e os amigos que fazem cursos, como letras na USP não sabem sequer que existe, ou apenas viram em livros, esses profissionais formados na USP, com exceções é claro, não pensam em sair da comodidade da metrópole para desbravar os rincões, mas tem um discurso “démodé” que fala do imperialismo que domina a nossa sociedade urghhhhhh...precisamos acima de tudo parar de vomitar conceitos sem fundamentos e conhecer a sociedade e a história...chavões não dá para ser aceito de pessoas que estão tendo esse ensino de qualidade graças ao suor do trabalho da aluna que sonha e dar uma oportunidade ao aluno da escola rural ( o imposto vem do conjunto mas a educação gratuita era para a minoria)
A coisa não parou por ai, tivemos a participação, que eu classificaria como lamentável, de Ciro Correia representante do sindicato dos docentes do ensino superior. Como professora de ensino superior tenho muitas reivindicações no sentido de melhorar a EDUCAÇÃO do nosso país, seja ela presencial ou a distância, o que devemos buscar são melhores condições de trabalho, formação continuada, incentivo a pesquisa e desenvolvimento de projetos para o crescimento do país. É um esforço conjunto para o crescimento do nosso país.
Temos que quebrar esse entendimento de que existe um ensino presencial e uma a distância para pensar que temos o ENSINO e que esse precisa ser de qualidade.
Acredito que o Ciro deveria estudar um pouco mais sobre o assunto antes de dizer coisas como em EAD não há interatividade...na UFSCAR temos sala de 25 alunos que interagem por chats, fóruns, videoconferência etc já cheguei a ter 100 alunos em uma sala presencial onde ao final de 15 semanas eu não sabia sequer o nome daqueles que sentavam nas 4 primeiras filas de 20.
Para não me estender mais, seria importante criarmos novos debates mas que as pessoas chamadas para debater apresentassem argumentos factuais e sustentáveis de suas posturas e não apenas um achismo e um pré conceito. Para atender a postura do jornalismo ético, afinal o cachimbo acaba entortando a boca, estavam presentes ao debate mais quatro participantes que apresentaram também as suas posturas. Destaquei esse por terem sido os mais gritantes em uma postura destemperada e sem sustentação.
Chamo você a discutir comigo esse tema. "
Veja mais em: http://webradioabed.blogspot.com/2009/06/desconhecimento-falta-de-argumentacao-e.html
A sensação que eu tive, sem brincadeira, foi um recalque da parte da opinião contrária. Como pode educadores em pleno séc. XXI sustentar o argumento sobre skinner ...
ResponderExcluirAcredito que esse posicionamento seja apenas para tentar manter o mercado de trabalho, visto que os alunos de EAD têm se saido melhor em concursos e avaliações do que os de faculdades presenciais.
ResponderExcluirAos pouquinhos, vamos quebrando hegemonias burguesas... o mais interessante é que se travestem de revolucionários...só que do século errado he he he
ResponderExcluirPostei sobre o problema...e vou colocar um link para o blog e todos os documentos do Concentre, ok?
http://melhorart.blogspot.com
Os que são contra o ensino a distância o são tão somente pela impossibilidade de manipulação política, tão presente nas salas de aula de nossas universidades públicas.
ResponderExcluirComo utilizar alunos, docentes e funcionários como massa de manobra para seus fins político-eleitorais se não há mais como prejudicá-los diretamente, para iniciar uma insatisfação que resulte em passeatas a favor deste ou daquele candidato?
O ensino SUPERIOR deve ser acompanhado de uma atitude igualmente SUPERIOR. Sem interesses mesquinhos e paralelos.
humm
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